A ideia era ir de Guayaquil para Cuenca de ônibus, mas todo o blog que eu lia recomendava que fosse de van. Já na cidade, pedi ajuda ao pessoal do hostal e a resposta foi a mesma, o melhor seria ir de van. Quando perguntei como fazia para comprar a passagem, eles não pensaram duas vezes e ligaram para a Operazuay para fazer a minha reserva para o dia seguinte.
Precisei tomar um táxi do hostal até o pequeno centro comercial onde fica a Operazuay. Não me lembro quanto paguei, mas não foi mais que US$ 4. Cheguei meia hora antes do embarque e paguei US$ 12 pela passagem. Tinha gente comprando a passagem na hora. A van estava em ótimo estado de conservação e os bancos eram de couro.
A minha mala (de bordo) coube direitinho no pequeno bagageiro da van. Meus companheiros de viagem eram todos homens entretidos com seus smartphones, ninguém me perturbou. A van não lotou e fui sozinha no último banco, não há lugar marcado. Se não fosse pelo rádio ligado, daria para ouvir uma mosca voando.
Dica: de tarde, indo em direção a Cuenca, o sol bate do lado do motorista.
Achei que o motorista estava correndo um pouco, mas decidi ficar de boca fechada afinal eu era a única mulher a bordo e estrangeira. Fiquei um pouco mais preocupada quando notei algumas pedras grandes no meio da pista, mas me mantive calada. Cinco minutos depois, nosso motorista passou em alta velocidade por cima de um pedrão, o pneu estourou, a van ficou alguns segundos sem direção e invadiu a pista contrária! Tudo muito rápido. Sorte nossa que a estrada estava vazia.
Pausa respirar e trocar o pneu. Meus companheiros de viagem continuaram sem abrir a boca, mas a cara deles..
Até que a troca do pneu não demorou (25 min). Ninguém fez menção de ajudar o motorista.As pedras que aparecem nas fotos são as menores!
Fiquei conversando com um italiano casado com uma equatoriana. O papo foi legal e ele me contou que eles iam abrir uma pousada chamada Casa de las Rosas (que agora já está funcionando) em Cuenca. Ele fazia aquele trajeto com frequência e nunca tinha acontecido problemas.
O tempo total da viagem foi de cerca de 4h. As vans pegam a estrada que passa dentro do Parque Nacional de Cajas e que dizem ser a melhor.
Paramos na sede da Operazuay en Cuenca e peguei um táxi para o hotel.
No dia seguinte, fui até o centro de informações turísticas de Cuenca para saber como visitar Ingapirca e Chordeleg. Ao contrário de alguns centros de informações, em Cuenca eles te dão dicas de como fazer os passeios de forma independente e só indicam agências de turismo se você pedir ou se fazer o passeio de modo independente for complicado.
Acabei contando para a atendente a história do pneu furado, mais para puxar papo do que para reclamar. Pensei que ela ia sorrir e me dizer algo como "isso vive acontecendo", mas não. Ela perguntou qual tinha sido a empresa e se eu ainda tinha o bilhete. Catei o bilhete na bolsa e entreguei para ela que ligou imediatamente para Guayaquil! E deu uma bronca no pessoal da Operazuay dizendo que se recebesse mais alguma reclamação daquele tipo faria uma queixa formal e não recomendaria mais os serviços deles! Deu para perceber que o que aconteceu comigo foi exceção.
Acabei contando para a atendente a história do pneu furado, mais para puxar papo do que para reclamar. Pensei que ela ia sorrir e me dizer algo como "isso vive acontecendo", mas não. Ela perguntou qual tinha sido a empresa e se eu ainda tinha o bilhete. Catei o bilhete na bolsa e entreguei para ela que ligou imediatamente para Guayaquil! E deu uma bronca no pessoal da Operazuay dizendo que se recebesse mais alguma reclamação daquele tipo faria uma queixa formal e não recomendaria mais os serviços deles! Deu para perceber que o que aconteceu comigo foi exceção.
Para quem quiser fazer o trajeto de van, além da Operazuay, há uma outra transportadora a Ecuavan.
Todos os post da viagem ao Equador estão listados aqui.
Todos os post da viagem ao Equador estão listados aqui.
Fotos by Lu Malheiros