Quando cancelar uma viagem?

Semana passada, cancelei uma viagem no aeroporto, poucas horas antes do embarque. Resumindo o imbróglio , protestos bloqueavam a estrada boliviana que liga Copacabana a La Paz  - de onde voltaria para o  Brasil - e até a data do meu embarque a situação não havia sido resolvida. Tentei comprar passagem aérea do Peru para La Paz, não deu. Tentei trocar a passagem para voltar via Lima, não deu. Para mais detalhes leia esse post do Viaje na Viagem e os comentários.

A decisão de cancelar a viagem teve um gosto amargo, apesar da certeza de que foi o melhor a fazer no meu caso. Depois dessa experiência, fiquei pensando: quando devemos cancelar uma viagem?

1. Problemas de Saúde.

Acho que esse nem precisaria entrar na lista, mas vamos lá. Não viajaria se estivesse muito doente ou se alguém da família estivesse com um problema sério de saúde.  

A Ana e a Carmem , por exemplo, precisaram cancelar uma viagem no final do ano passado por problemas de saúde na família. Leiam o relato da Carmem aqui. 

Em 2010, a  Wanessa adoeceu no meio da viagem e fez um relato de como foi usar o seguro saúde aqui e aqui. 

2. Desastres Naturais

O Riq Freire costuma dizer que "na CNN é sempre pior" e me lembro bem das discussões que apareceram no Viaje na Viagem depois do terremoto do Chile de 2010. A Camila Navarro, por exemplo, iria viajar 48h depois do terremoto, mas cancelaram os vôos dela e decidiu cancelar a viagem. Ela conta tudo no Viaggiando.

Por outro lado, No caso das cinzas do vulcão Pueyhue , em junho 2011, muitas viagens foram canceladas pelas empresas aéreas por falta de condições de vôo. No final do ano passado, foi a vez de Nova York sofrer com a passagem do furacão Sandy e isso, claro, afetou o turismo local.

(A Jeanine Pires tem um post interessante sobre Desastres Naturais e Turismo)

3. Instabilidade Política

Tenho um tio que diz que, na América Latina, só viaja para o Chile e para a Argentina. Nos demais países ele não coloca os pés, já que um "golpe de estado" pode acontecer da noite para o dia. Se ele tem lido sobre a situação da Argentina, aposto que já a excluiu da lista!

Exagero a parte, aprendi que acompanhar a situação política de alguns países é importante. Só fiquei sabendo do tal bloqueio para chegar a La Paz, pois os trips me avisaram que a região era sujeita a esse tipo de protestos. Fiquei acompanhando as notícias pelos jornais bolivianos e o resto vocês já sabem.

4. Ondas de insegurança/ Violência

Não me vejo programando uma viagem para regiões "mais tensas" como, por exemplo, a fronteira Equador - Colômbia e nem para a Venezuela onde há relatos de inúmeros casos de turistas seqüestrados.

Como disse nesse post aqui há vários sites que ajudam o turista a definir os possíveis risco de se viajar para um determinado país. Cabe a cada um decidir o risco que suporta.

Por favor, não me pergunte se como turista estrangeira eu visitaria o Rio sozinha!

Aviso importante:

Mudar a data de uma passagem, mudar a cidade de retorno, enfim, mudar qualquer coisa na passagem não é tarefa simples nem barata. De novo, veja o longo comentário que deixei aqui. Para começar a entender a questão recomendo a leitura desse post aqui do Aquela Passagem.

Cancelou a viagem? E agora?

Você pode tentar renegociar a data das férias. Ou refazer toda a programação de viagem. Ou ficar em casa chorando as pitangas e enchendo o saco dos amigos nas redes sociais. Cada um reage de um jeito. Tem gente que até escreve um post!

Achei que seria mais fácil remarcar a viagem para um vilarejo de praia no Brasil e quebrei a cara. 

P.S: consegui programar outra viagem e estou aproveitando o que resta das férias. Torçam por mim! Fui!

Foto:  eabolivia.com

Museu Larco, Lima, Peru

O Museu Larco é um daqueles museus que valem a visita! A começar pelo espaço que ele ocupa, uma linda casa no bairro de Pueblo Livre em Lima. 

E a beleza não fica só na casa e nos jardins, a coleção exibida é incrível!

A coleção tem peças de civilizações pré-inca do norte do Peru. A visita fica ainda mais especial se você for incluir Trujillo e Chiclayo na sua viagem (recomendo, mas os posts vão demorar a sair!). Nesse caso, visite o museu antes de seguir para o norte do país.
Há uma coleção de peças eróticas em uma sala a parte. E, não, não vou colocar nenhuma foto aqui...

O nome completo do museu, Museo Rafael Larco Herrera, é uma homenagem de Rafael Larco Hoyle a seu pai. O museu foi fundado em Trujillo, em 1926, na propriedade da família, porém, em 1949, Don Rafael teve que mudar-se para Lima e precisava de um novo espaço para a coleção. Para tanto foi construída uma casa em estilo do século XVIII que abriga o museu até hoje. Para saber mais sobre a história do museu consulte o site oficial.

O museu possui, também, um bom restaurante, o Café del Museo, que foi projetado para que a gente se sinta em uma varanda de uma casa de campo. O lugar é uma delícia!

Endereço: Av. Bolivar, 1515

Pueblo Libre, Lima, Peru

Funcionamento: De segunda a domingo de 9h às 22h, exceto nos feriados de 24,25 e 31 de dezembro e 1 de janeiro quando funciona de 9h às 18h.

Preço: 30 soles (cerca de US$ 11, em março/13). Estudantes e menores de 15 anos pagam 15 soles. Maiores de 65, com identificação, pagam 25 soles.
Veja também os post do Idas&Vindas, do Turomaquia e do Sunday Cooks sobre o museu.
Todos os pots das viagens ao Peru estão organizados aqui.

Fotos by Lu Malheiros